terça-feira, 4 de maio de 2010

Caminho teatral

Me chamo Tai Fernandes, sou natural de Bagé e vou falar resumidamente sobre a minha experiência com o teatro. Comecei, na minha cidade, com uma nova formação de grupo coordenado por Gladimir Aguzzi que é jornalista, escritor e trabalhou muitos anos como ator nos grandes centros, como Rio de janeiro e São Paulo. Participei, neste grupo, cerca de dois anos, apresentando: Pluft o fantasminha, de Maria Clara Machado e outras peças em forma de esquetes, escritas pelo próprio diretor. Logo, comecei a cursar Luzarte escola de atores, que tem sua sede em Santa Maria. Nesse curso profissionalizante, tinhamos aulas uma vez por semana, práticas e teóricas, com Vanessa Giovanella, tivemos aulas de televisão com alguns atores que trabalham em rede nacional como também aulas de técnicas circences com profissionais de todo o Brasil. Apresentamos três espetáculos: Cândida Erêndira e sua avó desalmada de Gabriel Garcia Márquez, o Divino Melodrama de Jacques Prevért e O Moço que casou com mulher braba de Don Juan Manoel, atualizado por Alejandro Casona. Esse curso teve duração de dois anos e seis meses. Após concluí-lo, mudei-me para Pelotas onde imediatamente fui recebida no Teatro escola de pelotas (TEP), onde estudei por mais dois anos e participei da montagem de alguns trabalhos como A mulher que criou asas e As Três irmãs, textos de Valter Sobreiro, essas esquetes faziam parte de um projeto chamado Os Saltimbancos da terra de Agahscar, dirigidos por Barthira Franco e Fabrício Ghomes. Neste meio tempo participei de algumas oficinas como: teatro do absurdo (Neimar Marcos), oficina de técnicas circences (João Bachilli), dramaturgia (Aceves Moreno), treinamento do ator através do bastão (Marcelo Bonnes), coros trágicos (Marisa Bentancur), construção coletiva (Igor Simões) e Corpo, criação e comicidade (Jorge Alencar). Então, passei no vestibular da UFPel para Licenciatura em dança, o qual cursei apenas um semestre, tendo estudado alguns conceitos de Rudolf Laban e Eugênio Barba. Em março de 2010 ingressei no curso de Licenciatura em teatro. No mesmo período entrei para o Núcleo de teatro, onde fazemos treinamento do ator, grupo de estudos (Stanislavski, Grotowski,Thérese Bertherat) e experimentos poéticos. É um projeto de extensão, porém trabalhamos com pesquisa do ator, da voz, da respiração, do corpo, da improvisação, das ações físicas. Minha apresentação termina por aqui com um trecho escrito por Caio Fernando Abreu que remete à minha atual pesquisa: "Sobrevivo todos os dias a morte e a mim mesmo, e sinto que como uma virilidade escorrendo pelas veias" .

Texto de Tai Fernandes

Um comentário:

GEPPAC-UFPel disse...

Tai,
seu caminho é muito interessante. Fico pensando como está sua cabeça com essa nova etapa: treino, treino, treino! Estudos, estudos, estudos!!
As diferenças que seu trajeto apontam deve te fortalecer mais e mais no teatro. Gracias por estar conosco. Beijos, Adriano