segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Reflexão final: considerações sobre o trabalho



Por Mauricio Rodrigues

O trabalho do Núcleo de Teatro foi durante todo o ano sustentado por uma prática de treinamento de ator e experimentos cênicos. Estes experimentos tinham como referências principais dois teóricos: Stanislavski e Grotowski.

Neste ano participei do Núcleo de Teatro e senti que o projeto estava criando muitas demandas. Foi um ano com bastante trabalho e movimentos. Iniciamos o ano de 2010 trabalhando basicamente com treinamento de ator e estudos de textos teóricos. Logo depois montamos o espetáculo teatral “... E o gato não comeu!!!!!” e começamos a apresentá-lo em escolas e para escolas. Foi aí que surgiu o espetáculo-jogo, que é o atual formato da peça, onde explicitamos o jogo teatral, tendo assim um resultado mais pedagógico por mostrar para as crianças como funciona o teatro.

Fizemos várias apresentações na cidade de Pelotas e redondezas levando o espetáculo-jogo e mantendo esse diálogo com o público, sempre explicando o funcionamento do jogo, a fim de estimular as crianças à prática teatral.

Trabalhamos também com outra peça chamada “A História é uma História”, que foi dirigida por Elias Pintanel, nosso colega.

Para dar conta deste aumento de solicitações do trabalho o elenco trabalha no mínimo vinte horas por semana. Este tempo é dividido em ensaios, estudos, reuniões, organização do ambiente de trabalho, treinamento de ator, apresentações de espetáculos e oficinas.

Sinto que o ano de 2010 foi bastante produtivo. Acredito que o grupo teve muitos ganhos e progressos. Como a produção intensa. Considero o contato com as escolas e com as crianças o ponto principal no meio da extensão. Acho que a contribuição com a comunidade e com o próprio curso de Teatro da UFPel foi muito grande. O curso estará formando licenciados em teatro no próximo ano e este contato das escolas com o fazer teatral contribuirá e facilitará o trabalho desse grupo em sala de aula.

Acho que este ano a contribuição maior na minha formação de ator foi trabalhar com a flexibilidade. Tivemos vários problemas para serem resolvidos e tivemos de achar soluções. Foi bom para eu compreender que os trabalhos podem acontecer mesmo com esses obstáculos. O grupo se reunia e encontrava estratégias de trabalho. Acho que isto contribuiu com todo o elenco na área da improvisação. Aumentados nossas capacidades de jogo, acredito.

Considero que 2010 como um passo muito grande na formação de público, o que sempre foi uma das principais preucupações do projeto.

Espero que em 2011 esse trabalho continue andando e evoluindo. E eu acredito nisso.

Reflexão final: teatro e formação

Por Mauricio Mezzomo Dias

O trabalho no Núcleo de teatro da UFPel no período de 2010 se embasou principalmente em dois teóricos de fundamental importância para o teatro, Stanislavski e Grotowski. Uma das principais referências a partir deles foi o método das ações físicas, ainda assim ao final desse ano permanecem muitas duvidas sobre o que é ação física, alias, as duvidas têm sido as principais movimentadoras dentro do meu trabalho dentro do núcleo.

Além desses dois teóricos, fizemos estudos sobre a anti-ginástica de Thérèse Bertherat, que influenciou no percurso do treinamento de ator, que a principio eram realizados no mínimo três vezes por semana e depois foram diminuindo em função das apresentações, que vejo também como um processo de treino constante, que inclui a preparação corporal e vocal bem como o exercício constante do jogo teatral.

Compreendo o trabalho do núcleo a partir de uma série de exercícios diários realizados, como treino, leitura e reflexão de textos teóricos, organização do ambiente de trabalho, tudo isso parte de dois pontos que acabam por convergir, de um lado o trabalho sobre si e de outro o processo de grupo, duas experiências edificantes no processo de formação profissional e humana.

Vim a pelotas buscando um lugar para aprender e refletir sobre o trabalho que já vinha desenvolvendo no grupo de teatro que fazia parte. Chegando aqui, antes mesmo do começo das aulas já começavam minhas atividades no núcleo. Fui convidado a participar deste projeto por Rodrigo Rocha, que foi integrante do núcleo. Encontrei aqui o ambiente que satisfez meus anseios iniciais, não encontrei soluções, mas trabalho e fui ao longo do ano reconstruindo idéias sobre teatro e ampliando minha consciência de sua pluralidade.

Conceitos como movência e autonomia são principais no que tange a organização de todos os processos do núcleo. A constante mudança e a capacidade de decidir são exercícios absorvidos mais lentamente, talvez essa seja uma das dificuldades para o iniciado nesse processo.

No decorrer do ano apresentamos trabalhos como: “... e o gato não comeu!!!”, apresentado 38 vezes, além de “A História é uma istória” e “Comédia de improviso”, não só isso, também intervenções e até trabalhos que o processo foi iniciado, porém não levado a público.

Estive envolvido em todas essas apresentações e participei como músico, do espetáculo “La cantante,¿Por que no?”, aprendi e contribuí também com processos administrativos, produção e com a construção de alguns materiais gráficos do núcleo.

Sem duvida um dos trabalhos mais efetivos na comunidade e prazeroso de fazer, além de ter envolvido todo o grupo que esteve no núcleo por um período mais longo, foi o espetáculo “...e o gato não comeu!!!”, um espetáculo que não só levou diversão, mas que sofrendo uma transformação, passou a espetáculo jogo, uma forma de ensinar o teatro para todos, principalmente, “para crianças de 3 a 99 anos” na fala do coordenador do núcleo, Adriano Moraes.

2010 foi um dos anos mais produtivos em minha vida, no que diz respeito a formação profissional, e não contribuiu menos com a formação humana. Sinto que contribuí com um momento importante na história do projeto. Findo o ano de atividades e meu texto dizendo que estou feliz e com pessoas que fizeram o ano valer a pena.

Reflexão final: teatro é encontro


Por Elias Pintanel

Eles continuaram a me acompanhar: Stanislavski e Grotowski. Houve uma compreensão melhor de alguns aspectos das duas poéticas, graças às montagens feitas nesse ano e com as análises feitas em cima delas e de outras que vimos. O diálogo que se estabeleceu esse ano entre os membros do Núcleo Fez muita diferença para a absorção destas poéticas. Alguns livros que li esse ano me ajudaram também, como A Ostra e a Pérola da Adriana de Mariz, Diálogo sobre Encenação, Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski, entre outros livros, enfim, os comentários e as ligações feitas sobre eles... As leituras individuais que fiz junto as do Núcleo foram importantes nesse ano para realizar e entender melhor as montagens que fizemos e o nosso próprio trabalho no Núcleo.

Fizemos “...E o gato não comeu!!!!!”, “A história é uma história”, “Comédia de Improviso”, “La cantante porque no?”. Mesmo com as dúvidas que sempre estão vivas e corroendo, sinto que neste ano a montagem de um “personagem”, de uma partitura de ações, o envolvimento em ensaios e estudos, aconteceu de uma compreensão mais clara que o ano passado. Como os dispositivos para a criação do “personagem”, composição das cenas, marcas, uma compreensão do urdimento (algo que eu não sabia o que era, nunca tinha trabalhado num teatro).

Ter trabalhado no Teatro do COP esse ano me fez ter um outro contato com o teatro. O Palco. A Caixa Preta. O Urdimento. O Altar. Pela primeira vez eu apresentei uma peça num teatro à italiana. Ainda gosto mais do “não-palco”. Do espaço feito pela peça, pelo jogo, como em CRIAS, como na COTADA e na RECOTADA, ou como nas próprias apresentações do “gato” nas escolas.

O trabalho feito nas escolas foi muito interessante, por muitos motivos: o jogo sendo o foco principal, o trabalho do ator em relação a apresentação, se adequar ao espaço de apresentação, ao papel, a resposta imediata do público. Deixo aqui uma citação de Grotowski que fala que “Teatro é encontro”, ele diz isso no livro Em Busca de um Teatro Pobre, sentimos isso na pele. Era preciso estar inteiro em cena como Grotowski diz, para o jogo e o envolvimento acontecer, entre o ator e o público.

Mas foi muito bom, sentir a energia sendo trocada nas apresentações. O maldito Artaud estava certo! Nenhum gesto pode ser repetido! Em algumas apresentações A Peste entrava em rigor.

Uma coisa que gostei muito foi a eliminação de certos acessórios, figurinos e maquiagem. Está certo que o palco nu, a peça quase sem elementos cansa, mas com o “gato” não cansou. O jogo ficou gostoso. E colocar o corpo do ator em evidência, o seu trabalho, foi o mais importante. Outro momento para lembrar de Grotowski, que fala que o teatro pode existir sem figurino, sem maquiagem, sem luz, sem música, sem cenário, mas com o atr e o público. Foi bom poder experimentar e brincar com isso.

Tenho que falar sobre mim no trabalho. Mas não posso falar de mim sem falar de quem trabalhou comigo. Foi importante esse ano, uma nova forma de se ver o trabalho em grupo e de se colocar nele. A saída e entrada de pessoas no Núcleo teve o seu lado bom e que constitui os nossos caminhos, o que é óbvio, mas é preciso dizer isso. Sinto falta de um comprometimento do grupo por inteiro. Às vezes levamos, durante o ano, algumas pessoas de arrasto, era o que parecia, mas que me fez entender outra coisa também: a não firmeza e insegurança de dizer EU FAÇO TEATRO, mas sim, um ar de exibicionismo de pura idiotice de dizer isso sem realmente assumir o trabalho, e falar EU FAÇO TEATRO querendo ser a estátua douradinha do OSCAR sempre! Não tem problema em tentar conseguir... Mas vocês me entendem.

No começo do próximo ano vou focar o trabalho em mim. Explorar mais fundo o que Grotowski e Antunes Filho falam do trabalho do ator e seu envolvimento. Eu sei que vai ser um desafio, que vai ser difícil, mas se eu não fizer isso, eu continuarei com dúvidas, com um certo vazio, sem me por alguns limites, em risco, numa tensão, no silêncio, na solidão em público, vulnerável, exposto, despojado, em sacrifício...

Morre 2010, com muitas flores e sorrisos.

Nasce 2011, com todas as perguntas e incertezas.

Que assim seja!

EVOÉ!

Reflexão final: a descoberta de um teatro próprio

Por Laerte Sancho

Temos realizado um trabalho com alicerces “stanislavskianos” e “grotowskianos”, que nos levam a trabalhar a relação com o espectador, que buscamos atingir através da ação física. O foco do trabalho está na pesquisa teatral, onde experimentamos maneiras diversas de fazer teatro, sem fugir as bases, mas buscando sempre adaptações que preencham as necessidades que aparecem.

Além da função de ator, todos os integrantes do núcleo exercem diversas outras funções dentro do projeto, para que o mesmo ande, o que nos traz uma forte identidade de grupo e trabalha o senso de responsabilidade.

Ao “embarcar” no Núcleo de Teatro Universitário possuía e ainda possuo expectativas evolucionais teórico/práticas e de grupo, vejo hoje que o caminho a percorrer é longo e pode der árduo, afinal sempre temos obstáculo; e o maior deles, para mim é que devido a grande demanda de trabalho da época em que entrei, os grupos de estudo não aconteciam mais e a carga de treinamento havida diminuído, fora isso é claro que há a minha falta de técnica, há também esse tempo que desperdicei durantes anos sem estudo e sem aplicar o preceito mais difundido no núcleo, a autonomia do ator.

Hoje sou capaz de avaliar essa deficiência técnica graças ao trabalho realizado com meus colegas. Vejo a necessidade de me aprimorar, o que já estou buscando, finalmente exercitando o preceito adquirido.

Há o projeto escola itinerante de espectadores que funciona a partir do núcleo e tem como objetivo formar espectadores, mostrando-lhes o teatro de um podo que possam compreender sua importância e incentivando o interesse. Para tal usamos o espetáculo-jogo “... e o gato não comeu!!!” que tem o jogo todo explicito para assim ensinar sobre o fazer teatral as crianças, suas espectadoras; isso se soma a outros projetos e trabalhos realizados durante o percurso. Meu modo de contribuir com o trabalho tem sido com a pratica do trabalho de ator e de outras funções que apareceu, me preocupo com bom andamento do projeto, então ajudo com o que posso, penso que cada um contribuindo com pequenas coisas continuaremos a crescer, tanto individualmente como em grupos e em comunidade, onde temos feito muitos progressos.

Nossa relação com a comunidade tem caminhado a passos largos e tenho uma visão de um horizonte promissor.

Penso no trabalho realizado como exercícios dos mais diversos tipos como tudo o que venho dizendo até aqui inclusive essa reflexão mesmo; tudo o que tenho trabalhado me leva a crescer e de algum modo me dá o impulso para a realização de minhas expectativas iniciais de evolução. Desde a convivência com o grupo até a convivência comigo mesmo dentro do grupo me refletem bem além da superfície, com que estamos acostumados a nos ver, o que me leva a uma sensação incrível desse crescimento.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Feliz Natal e um 2011 tão produtivo quanto foi o nosso 2010!!


Relatório 2010 - Apresentações, oficinas...












Palestra com a profa. Maria Lúcia Pupo


Alunos e professores da UFPel participaram no último dia 10, no teatro do COP, de palestra com a profa. Maria Lúcia Pupo, da USP.

A palestra integrou as ações do projeto Núcleo de Teatro Universitário - Escola Itinerante de Espectadores, patrocinado pelo PROEXT-CULTURA.

Cerca de 60 pessoas debateram sobre a produção contemporânea e suas possibilidades no contexto do teatro na educação.



APRESENTA

PALESTRA SOBRE TEATRO NA EDUCAÇÃO
COM
PROFª DRª MARIA LUCIA DE SOUZA BARROS PUPO

DIA 10/12/2010
HORÁRIO: 19h
LOCAL: Teatro do COP
Entrada Franca

A professora Maria Lucia de Souza Barros Pupo possui graduação na Escola de Comunicações e Artes pela Universidade de São Paulo (1973), mestrado em Artes pela Universidade de São Paulo (1981) e doutorado em Etudes Théâtrales - Universite de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (1985), além de ter efetuado pesquisa de pós-doutorado em Tétuan, Marrocos (1996). Atualmente é professora titular da Universidade de São Paulo. Vem atuando na área de Artes Cênicas na licenciatura e no curso de pós-graduação, principalmente em torno dos seguintes temas: pedagogia, formação, teatro contemporâneo, ação cultural e dramaturgia.
As principais publicações de Maria Lucia Pupo são:
PUPO, M. L. S. B. . Entre o Mediterrâneo e o Atlântico, uma aventura teatral. 1. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. v. 1. 146 p.
PUPO, M. L. S. B. . No reino da desigualdade.Teatro Infantil em S.Paulo nos anos setenta. 1. ed. São Paulo: Perspectiva, 1991. v. 1. 159 p.

APOIO: PROEXT-CULTURA/MEC

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Debate sobre Teatro e Educação




Na noite de quinta-feira, dia 09 de dezembro, um grupo de alunos do curso de teatro da UFPel, bem como os integrantes do Núcleo de Teatro da UFPel, estiveram reunidos com a profa. Maria Lúcia Pupo. A reunião tinha como objetivo perceber as diferenças e semelhanças entres as licenciaturas da USP e UFPel.




O debate teve a seguinte organização:


1. problematização das questões fundamentais da licenciatura em artes cênicas da USP pela profa. Maria Lúcia Pupo.


2. problematização pelos alunos do curso de teatro da UFPel, a partir de suas experiências com escolas da rede pública de Pelotas.


3. Diálogo entre estudantes da UFPel e profa. da USP.




Estiveram presentes, além dos citados, o prof. Adriano Moraes (Coordenador do Núcleo de Estágio), profa. Vanessa Caldeira Leite, profa. Fabiane Tejada e Prof. Daniel Furtado (todos da licenciatura em teatro da UFPel).




O encontro ocorreu no Teatro do COP, atualmente, um espaço que atende aos cursos de teatro e dança.




A promoção do debate é parte do projeto Núcleo de Teatro Universitário - Escola Itinerante de Espectadores, por meio de recursos do PROEXT-CULTURA.




quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Hoje é Dia de Leitura Dramática




Neste dia 02 de dezembro, às 18h, o Núcleo de teatro da UFPel está realizando leitura dramática de trechos dos textos do Escritor e Jornalista Aldyr Shlee, no Instituto São Benedito.

Elias Pintanel, Laerte Sancho e Mauricio Mezzomo foram convidados por Renata Requião para fazer a leitura dramática no IV Seminário Sobre o Atual Estado da Pesquisa em Literatura Comparada da Faculdade de Letras.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mostra Núcleo de Teatro Universitário no COP



O Núcleo de Teatro Úniversitário da UFPel está realizando nos dias 03*, 04 e 05 de Dezembro no Teatro do COP (Rua Almirante Barroso, nº 2.540) a Mostra Núcleo de Teatro Universitário com a apresentação dos espetáculos: "...E o gato não comeu!!!", "A história é uma istória!!!" e "Comédia de Improviso.

Dia 04 é uma dia de "Comédia de Improviso" as 21h.

Dia 05 é dia de "... E o gato não comeu!!!" as 17h e "A história é uma istória!" as 21h

O valor é R$6,00 (R$3,00 para estudantes, professores e idosos)

*No dia 03 a apresentação será para a escola convidada.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Hoje no COP

O Núcleo de Teatro Universitário, projeto do DART-PREC, com apoio do PROEXT-CULTURA 2009-2010, faz mais apresentações do espetáculo "E o gato não comeu!" para escolas da rede pública. Nesta sexta, 29, às 10h00min e às 15h00min, alunos da E. M. Getúlio Vargas, integrante do PIBID-teatro, assitirão ao espetáculo-jogo que tem como objetivo formar espectadores por meio da fruição do teatro.
As apresentações são gratuitas e interessados podem assistir juntamente com as crianças.
Ficha técnica:
Espetáculo: "... e o gato não comeu!!"
Direção e texto: Adriano Moraes
Elenco: Andrey Rosa, Elias Pintanel, Martha Grill, Maurício Mezzomo, Maurício Rodrigues e Laerte Brandão
Figurinos: Marcelo Silva
Costura: Larissa Tavares
Produção: Núcleo de Teatro Universitário
Promoção: Departamento de Arte e Cultura
Mantenedora: Universidade Federal de Pelotas
Sede do Núcleo de Teatro da UFPel: Rua Andrade Neves, 1149 - Centro - Pelotas - RS
Telefone: +53 32285171

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sextas no Teatro do COP

Na tarde da sexta-feira dia 15 de outubro, a equipe do Núcleo de Teatro da UFPel apresentou o espetáculo-jogo "...e o gato não comeu!!!" no Teatro do COP para os alunos das escolas estaduais Dom Joaquim Ferreira de Mello e Nossa Senhora das Graças.
No dia dos professores, deixamos, aqui, um agradecimento especial para o nosso professor e coordenador do projeto Adriano Morais por nos propiciar essas experiências tão enrriquecedoras. Obrigada e parabéns pelo seu dia!

Martha, Maurício, Andrey, Maurício e Elias.

O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande professor inspira. (William Arthur Ward)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"...e o gato não comeu!" na Festa das Crianças em Herval


Convidados pela ONG Thalis Cavada Calcas e com apoio da CRAS-Herval, o Núcleo de Teatro da UFPel apresentou o espetáculo-jogo "...e o gato não comeu!!" na Festa das Crianças de Herval, realizada no Ginásio de Esportes da cidade na tarde do dia 13 de outubro de 2010.
A apresentação do espetáculo é parte do projeto “Escola Itinerante de Espectadores”, apoiado pelo Proext-Cultura 2009/2010.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Núcleo de Teatro & PACA em Jaguarão .


O Núcleo de Teatro da UFPel, projeto do Departamento de Arte e Cultura (Dart/PREC), apresentou nesta segunda-feira(4), em Jaguarão, o espetáculo-jogo: “… E o gato não comeu!!!”. Essa ação do Núcleo é apoiada pelo Proext/Cultura, através do edital 2009/2010. O espetáculo-jogo será apresentado para crianças e adolescentes da rede pública de Jaguarão e é uma parceria com o projeto PACA do curso de Geografia da UFPel.

Equipe: Prof. Adriano Moraes - coordenador Elias Pintanel Maurício Rodrigues Maurício Mezzomo Martha Grill Andrey Rosa Larissa Tavares - Costuras, Figurinos e adereços Ederson Pestana - Contra-regragem e técnica Marcelo Silva - Figurinos, Cenários e adereços

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Experiências com Figurinos


“¿La cantante, por que no?”

O Espetáculo cômico-musical foi produzido pelo Núcleo de Teatro à Moda da

Casa em parceria com o Núcleo de Teatro da UFPel. Sua estréia foi no dia 6

de maio de 2010.

Todo o processo de construção do figurino foi realizado aproximadamente um

mês antes da apresentação.

O ator Rodrigo Rocha, interpretou uma cantora cômica, com traços bem

característicos e exagerados, onde o figurino serviu para destacar ainda mais

esse primeiro contato visual com o público.

Após as características já estabelecidas do personagem, os figurinos foram

pensados e elaborados para que ficassem adequados com a proposta.

Os materiais utilizados foram apenas o que tínhamos disponível no atelier de

figurinos do Núcleo de Teatro, da Universidade Federal de Pelotas. Tudo o

que foi usado, foi aproveitado e customizado, não deixando de se tornar um

resultado bem esperado. O diferencial de todo o figurino foi a construção e

variação de cada peça.

Para o ator principal, foram confeccionados 5 figurinos, onde cada um foi

produzido para cada momento específico. Para os 2 atores-músicos e 1

músico, foram customizados ternos no estilo mexicano, combinando assim com

o espetáculo.

Todo o cenário foi construído com as mesmas características, tendo relação

com todos os figurinos e espetáculo em geral.

Atualmente, todo o figurino está guardado, pois o ator Rodrigo Rocha está

fazendo intercâmbio em Portugal.

Marcelo Silva - Figurinista

Larissa Martins - Costureira de Espetáculo

Mauricio Rodriguês - Assistente de Figurino

Rodrigo Rocha interpretando a

cantora cômica.

ESTAGIÁRIO - ÁREA DE FIGURINO



O Núcleo de Teatro Universitário e a Incubadora de Artes Cênicas abrem vaga para
estágio voluntário na Área de Figurino. O estágio é de 08 horas por semana e deve ser
realizado na sede do Núcleo de Teatro, no período da tarde, compreendendo o horário
das 14h às 18h.

Requisito para inscrição:

Ser aluno da UFPel;

Ter habilidades manuais ( Ex: Saber costurar a mão);

Disponibilidade de duas tardes por semana.

Os inscritos serão selecionados por meio de entrevista com os responsáveis pela área
de Figurinos e Cenários do Núcleo de Teatro e da Incubadora de Artes Cênicas.


Mais informações:

Larissa Martins – (53) 91724558

Núcleo de Teatro – Rua Andrade Neves 1149

Telefone: (53) 32285171

Ou pelo e-mail: ufpel.teatro@gmail.com

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

XXVIII SEURS - Seminário de Extensão Universitária da Região Sul

O núcleo participou do 28 SEURS promovido pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, com a oficina "TEATRO e IMAGINAÇÃO: O AVESSO DO ESPETÁCULO" no período do dia 8 a 10 de setembro em Florianópolis-SC.
A escola José Simão Hess "parou" para ver o espetáculo-jogo "...e o gato não comeu!!!", além disso, os integrantes do núcleo ainda realizaram jogos teatrais com os alunos da 1 a 4 série da escola estadual.

“...e o gato não comeu!!!” no mês de agosto



O Núcleo de Teatro apresentou o espetáculo-jogo “...e o gato não comeu!!!” para diversos públicos no mês de agosto em Pelotas.
O primeiro, no dia 19 de agosto, o mais jovem, crianças de 0 a 5 anos na Escola Espaço Criança, onde nos preparamos e montamos a estrutura da peça na frente dos pequenos para diminuir a estranheza e o medo deles. Depois de muito choro co
nquistamos os baixinhos e nos divertimos e brincamos juntos.


Na tarde do sábado de 21 de agosto quem nos assistiu foram os professores tutores e pesquisadores do Curso á distância de Educação do Campo na Sala Preta do Curso de Teatro, onde além da apresentação, ministramos oficina de Jogos Teatrais e discutimos sobre Teatro na Educação e linguagens.

Em seguida, no dia 24 de agosto passamos o dia inteiro com as crianças da Escola de ensino fundamental Machado de Assis no bairro Três Vendas. Aconteceram duas apresentações e 18 oficinas de teatro atendendo aos alunos da manhã e da tarde.


No dia 26 de agosto, o núcleo apresentou para uma média de 300 crianças na Escola Ferreira Viana no bairro Balsa, trocamos experiências com o grupo de teatro da Escola e nos divertimos muito com a platéia mais participativa do projeto.

Núcleo de Teatro abre vagas para novos integrantes

Estão abertas as inscrições para alunos da graduação ou pós-graduação de qualquer curso da UFPel interessados em conhecer o treinamento do ator e os trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo de Teatro Universitário da UFPel. São dez (10) vagas para encontros nas manhãs de terças e quintas das 10h ás 12h na sede do núcleo, que fica na Andrade Neves 1149. Os alunos selecionados farão parte da montagem do espetáculo “Á moda da Casa”. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail ufpel.teatro@gmail.com até o dia 20 de setembro.

Envie para o e-mail nome, identidade, cpf, telefone para contato, número de matrícula, curso, semestre e porque você quer fazer parte do núcleo.

É obrigatório o uso de roupa de trabalho nos encontros.

O primeiro encontro acontecerá no dia 21 de setembro pontualmente ás 10h no Núcleo de Teatro, Andrade Neves 1149, ao lado do Senac.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Release do Espetáculo "...e o gato não comeu!!"


Um Espetáculo para Crianças entre 03 e 99 anos

Ficha técnica:
Espetáculo: "... e o gato não comeu!!"
Direção e texto: Adriano Moraes
Elenco: Andrey Rosa, Elias Pintanel, Martha Grill, Maurício Mezzomo, Maurício Rodrigues e Tai Fernandes
Figurinos: Marcelo Silva
Costura: Larissa Tavares
Produção: Núcleo de Teatro Universitário
Promoção: Departamento de Arte e Cultura
Mantenedora: Universidade Federal de Pelotas
Sede do Núcleo de Teatro da UFPel: Rua Andrade Neves, 1149 - Centro - Pelotas - RS
Telefone: +53 32285171
e-mail: ufpel.teatro@gmail.com


"... e o gato não comeu!!" é um espetáculo-jogo feito para crianças. O texto foi escrito em 1995 quando Adriano Moraes ministrava aulas de literatura e teatro para alunos do ensino fundamental. Reflete todo um universo em que os atores brincam com as palavras por meio do teatro. O espetáculo-jogo é regulado através da interação com os espectadores, as crianças. São elas, as crianças, as grandes responsáveis pelo andamento da ação dramática.

Os atores vivenciam uma gostosa aventura permeada por uma série de brincadeiras antigas e sempre novas: esconde-esconde, casinha, jogos de roda, trava-línguas, parlendas, enfim, uma aventura pelo mundo das brincadeiras tradicionais. A cada momento a platéia é convidada a participar: cantando, contando, gritando, etc.

Para rechear essa brincadeira-aventura os seguintes personagens: um gato vegetariano, um rato solitário, um gato francês cozinheiro, uma bruxinha escandalosa e um guri e uma guria.

Os figurinos, os adereços e o cenário traduzem um mundo de alegria e imaginação.

"... e o gato não comeu!!", espetáculo-jogo para crianças, é também um exercício de formação de platéia. Ao se mostrar como jogo, permite aos espectadores compreender o funcionamento mesmo da linguagem do teatro.

Informações Técnicas:
Duração do espetáculo: 40 minutos
Espaço Cênico: mínimo 16m2
Plano de iluminação: luz geral no espetáculo e na platéia
Tempo de montagem: 1h30m
Tempo de desmontagem: 1h

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Núcleo de Teatro da UFPel na UNIPAMPA.

Os alunos-bolsistas Elias Pintanel, Martha Grill, Maurício Rodrigues e Tai Fernandes se apresentaram no II Seminário de Capacitação Profissional: Formando a Identidade Unipampa que ocorreu nos dias 9, 10 e 11 de agosto de 2010 em Santana do Livramento - RS.
Integrantes de todos os Camps da Universidade Federal do Pampa assistiram as três esquetes do Núcleo de Teatro da UFPel que divertiram e abordaram temas debatidos nos três dias de seminário.
Essa ação integra o projeto Escola Itinerante de Espectadores do PROEXT 09/10.
. fotos Fabrício Marcon

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Núcleo na rede.


Nossa viagem à Paranaguá-PR foi documentada pelo Jornal cultural E-Cult.
Confira a matéria na íntegra:
http://www.ecult.com.br/o-que-ler/nucleo-de-teatro-universitario-da-ufpel-se-apresenta-em-paranagua-pr/4178

terça-feira, 3 de agosto de 2010

I Seminário de Pedagogia a Distância de Paranaguá-PR

O Núcleo de Teatro UFPel fez as malas e pela primeira vez, em sua totalidade (todos os atores, o figurinista e o diretor), foi trocar experiências para além das fronteiras do nosso estado.Aterrizamos em solo Paranaense para participar do I Seminário de Pedagogia a Distância de Paranaguá, pólo da Ufpel de Educação à distância.

Na manhã do dia 17 de julho de 2010, com a presença de mais de 250 professoras (es) e alunas (os) do curso de Pedagogia a distância, o professor e coordenador do projeto, Adriano Moraes de Oliveira deu a palestra “Teatro e Imaginário” seguido pela apresentação da peça, de autoria do mesmo, “...e o gato não comeu!!!” que o núcleo vem trabalhando no decorrer desse semestre.

Durante a tarde os integrantes do núcleo ofereceram oficinas de teatro, abordando temas como contação de histórias, jogos teatrais na educação, espaço cênico na escola, expressão corporal e figurino. Além disso, também participaram das oficinas oferecidas pelas alunas do curso de Pedagogia à distância, que permeavam assuntos desde educação inclusiva, passando por educação pela paz até gestão escolar.

A experiência foi muito gratificante, deixando claro o valor da troca e a necessidade da contínua discussão sobre o tema educação.

Abaixo o parecer pessoal dos integrantes do núcleo de teatro UFPel sobre a viagem a Paranaguá.

Experiência em Paranaguá – PR


O núcleo de teatro da UFPel, projeto de extensão, foi convidado a apresentar seu espetáculo infantil: E o gato não comeu no Congresso da Pedagogia, EAD (ensino a distância) via UFPel.

Este espetáculo trata de brincadeiras criadas por crianças, que leva até os mais antigos a relembrarem sua infância. Também fomos encarregados de ministrar algumas oficinas de Teatro.

Achei muito interessante a oficina que participei no congresso: Inclusão na Educação, pois aprendi que é mais fácil do que parece incluir.

No Paraná, particularmente, o governo investe em materiais para incluir portadores de necessidades especiais. Tive contato nesta oficina com um deficiente visual, e percebi através de seu depoimento que na verdade é ele quem acaba ensinando aos professores. Já tendo sido rejeitado, não desistiu de estudar e busca ensinar aos professores métodos para sua aprendizagem.

Pude perceber que a educação está impregnada naquelas pessoas e em suas atitudes (na maioria delas pelo menos) e isso me fortalece a continuar em um curso de Licenciatura.

A idéia de que não há um ensinamento autoritário (de fora para dentro) e sim uma troca entre aluno e professor fica cada vez mais intensificado em mim. E desse método (construtivista) utilizei-me quando foi o meu momento de ministrar a oficina: Jogos e brincadeiras. Utilizei como referência bibliográfica essencialmente:

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro.

Também utilizei alguns outros jogos que aprendi no decorrer dos meus estudos teatrais.

Percebo também, aplicando tais jogos, que às vezes o que não é importante para mim, pode ser importante para o outro. Vi isso na primeira dinâmica que apresentei que o objetivo era fazer uma apresentação informal em forma de entrevista, ou seja, um entrevistava o outro e na segunda etapa deveria apresentá-lo ao grande grupo.

Fiquei muito feliz com os resultados da viagem, tanto do espetáculo que obviamente ainda deve ser melhorado, no sentido técnico, qualidade das ações físicas, qualidade vocal e etc., mas creio estarmos no caminho certo. Bem como o resultado da oficina, que ao ver minhas “alunas”, como assim denominaram-se, enviando-me e-mails, elogiando a oficina e com interesse em conhecer mais sobre teatro, vejo que pude plantar uma sementinha ali. Isso me deixa muito feliz, porque estudo e prático teatro como forma de vida, de educação e também de divertimento.

Sem falar na sensação de andar de avião, que é aproximar-se do divino. Observar a imensidão da vida, enfim. A hospitalidade das pessoas que conhecemos, o museu, as ruas e casas antigas, aliás, a cidade está completando mais de 360 anos então tem muitas belezas a serem contempladas.

O curso de Licenciatura em Teatro e principalmente o Núcleo de teatro tem-me aberto portas significativas, aos poucos estão aparecendo os resultados do nosso trabalho-estudo que só motivam ainda mais seguir neste caminho. Espero que as portas sigam abrindo-se, sem segredos.

Dois pensamentos perduram:

O conhecimento de meus limites;

As diferenças presentes em nosso cotidiano, mas que não nos separam.

O que ficou?

Vontade de estudar ainda mais.

O que muda?

Agora os estudos práticos começam a atingir novos rumos, isso me instiga ainda mais a criar, não apenas para ficar dentro de um espaço, mas para percorrer por espaços, lugares e cidades.

Agradeço muito ao nosso Mestre Adriano Morais e aos meus colegas, com os quais também aprendo muito.

Texto por Tai Fernandes.

Experiência em Paranaguá – PR


Mata Atlântica, bananeiras, muitas bananeiras, de um lado um paredão de rochas, do outro um precipício onde as nuvens deixavam a cargo da nossa imaginação inventar um fundo nesse abismo profundo; não levou mais de 1 km para a minha imaginação se perder e se aprofundar em outra névoa. Minha boca podia estar relaxada, mas, meus olhos sorriam depois de um fim de semana mais que especial.

Uma cidade maravilhosa, companhias agradáveis, viagem de avião, hotel confortável, boas refeições, absolutamente sem deixar nada a desejar e até um “gato” nunca antes tão espontâneo. Quando eu imaginaria em minha vida estar passando por momentos como estes proporcionados por meu próprio trabalho e esforço?

Nos olhos dos outros, percebo, por vezes, uma admiração com a rapidez que as coisas estão acontecendo comigo, afinal, estou cursando o primeiro semestre da faculdade, já faço parte de um projeto de extensão, acabo de ser contemplada com uma bolsa e já estou caindo na estrada com o teatro. Ok, tenho que concordar, nem eu seria capaz de imaginar uma possibilidade melhor dentro da realidade que estou inserida. Essa imersão no teatro não só me qualifica profissionalmente como me esclarece tantas das questões que me tiram o sono.

Era nesse cenário que duas vertentes de minhas idéias se digladiavam, de um lado a satisfação do aprendiz, do aluno ser sem luz, sendo iluminada pelas experiências vividas e de outro a insatisfação do real aproveitamento daquela vivência. A todos os momentos eu pensava: “é isso que eu quero para a minha vida, viver viajando, mostrando meu trabalho, trocando experiências, instigando as pessoas...” mas porque então a minha mente não relaxava e aproveitava a paisagem? Era como se eu estivesse jogando “é bom mas nem tanto” sozinha.

A vertente oposta a esse abrasileirado “sonho americano” era exatamente a possibilidade da continuidade dele uma vez que eu tivesse que andar com as minhas próprias pernas. Imagine essa mesma pessoa que vos escreve, formada, fora de uma instituição federal, sem qualquer apadrinhamento, cheia de conhecimento e vontades, conseguiria ela viajar o Brasil, o mundo com sua arte? Teria o apoio de sua pátria amada? Teria os ouvidos dos filhos desse solo?

Para Beuys, mestre da performance, as mudanças na estrutura social e política do mundo aconteceria somente a partir da arte. A história pessoal do artista transforma arte em política e política em arte. Beuys defende que “somente a arte, isto é, a arte concebida ao mesmo tempo como autodeterminação criativa e como processo que gera a criação, é capaz de nos libertar e de nos conduzir rumo a uma sociedade alternativa”.

Infindas Dialéticas humanas, achismos e achados à parte, mesmo ainda sem certezas, a principal lição que trago na mala, (lição essa tirada metade por coisas que gostei e a outra metade de coisas que não quero jamais repetir) é que a Educação é um dos pontos chaves para a solução de problemas que muitos artistas e profissionais em geral enfrentam na sua lida diária, e não só é como deve ser objeto de muita atenção e trabalho.

Amei a experiência e cada vez mais me orgulho de estar me tornando uma arte-educadora, quero mais!

Texto por Martha Grill.

Paranaguá


Relato do dia 17 de julho, sábado, no seminário de pedagogia da UAB...

O Hino de Paranaguá é uma musica animada.

A palestra do Adriano, nosso coordenador foi muito boa de ouvir, ele falava sobre educação usando como uma das principais referências, Paulo Freire .

Quanto à apresentação de “E O gato Não comeu”, me diverti mesmo atrás da cena, o tempo inteiro, ou quase; algumas coisas ainda precisam de mais ritmo, talvez. Quanto a minha atuação, senti mais necessidade de ações físicas diferentes, repeti muitas vezes o mesmo movimento, e poderia acrescentar mais algo ao texto.

A oficina foi rápida, tentei ser o mais dinâmico possível, acho que consegui envolver os participantes e fazer que “sacudissem o esqueleto”, ou quase, o resultado foi bom.

Um texto breve e objetivo desse dia.

Evoéros aos leitores do blog.


Texto por Maurício Mezzomo.

Experiência em Paranaguá – PR


Viajar é sempre muito bom. Conhecer lugares, costumes, pessoas, vidas. Para mim isso enfatiza esta minha vontade de saber, de voar. As pessoas podem vivenciar o que estou escrevendo, pois todos podem viajar; mas eu viajei com o teatro, e se elas não vivem neste pequeno universo, possivelmente não iram saber do que estou falando. De primeira você logo já viaja a trabalho, e não estou falando apenas da apresentação da obra do grupo nem das oficinas ministradas pelos tais artistas, e sim do trabalho individual que cada membro deste grupo realiza. Falarei sobre o meu trabalho, pois sei reconhecer, por motivos óbvios, ele em mim.

Talvez seja de praxe dizer que sou um observador astuto dos outros, das coisas a minha volta. Reconheço em mim um artista, pois consigo perceber através da minha sensibilidade os pequenos prazeres da vida, as mais escondidas belezas e horrorozidades do mundo. Vejo onde quase sempre não se tem nada para ver.

Durante a viagem que fiz a Paranaguá com o meu grupo de teatro, pude perceber muito mais do que o perceptível . De inicio, já me encantei pelas nuvens do céu. Digo do céu de cima, pois foi a primeira vez que andei de avião e pude vê-las por cima. Pode parecer simplório, mas acreditem, não; não foi.

Na cidade o que mais me chamou atenção foram as cores envelhecidas. Todas querendo gritar, mas a chuva que caia e os anos que ali se prendiam não as deixavam. Mesmo assim, ali se via uma pureza única. Toda em sintonia com os que ali vivem. E ali viviam. No meu interior estão guardados os mais variados gestos e vozes do povo de lá. Principalmente daqueles que não pediam para chegar, surgiam. A senhora Rosemary, o nordestino viajante, o menino engraxate, que diga-se de passagem nos rondou 4 vezes de baixo de chuva. A senhora agradecida por poder comer o que havia restado do nosso almoço. E as muitas caras que vi, que me virão, que senti, que me sentiram.

Acredito que todos no meu grupo tiveram esta idéia de guardar de uma maneira única o que ali se percebia. Não só porque de fato, quando se viaja se tenta ao máximo extrair o que o lugar tem a oferecer, mas muito mais por serem artistas, e saberem reconhecer o seu lugar de trabalho e as ferramentas disponíveis.

Apesar de ter sido apenas um final de semana, a convivência com o grupo foi intensa e eficaz. Digo isso, pois nos doamos a nós mesmos, a trupe de estudantes atores se viu como uma grande família de estudantes artistas. Juntos, compartilhamos nossos saberes e adquirimos novos. Tudo porque estávamos disponíveis, embarcados no mesmo ideal. Este fator influenciou a todos, e se refletiu em nosso trabalho.

Pela primeira vez apresentamos a peça com uma liberdade não testada anteriormente. Não que antes fossemos presos a algo, a um código. Mas nos sentimos muito mais a vontade em cena, muito mais cientes do que estávamos fazendo, consequentemente transformamos todo o trabalho em um grande prazer.

Não posso deixar de perceber e realçar as experiências trocadas no “Seminário de Pedagogia da UAB”. Ver aquelas pessoas ali, discutindo e propondo novos olhares ao ensino, as quais passam diariamente pela realidade da docência, nos forneceu no mínimo uma reflexão acerca do nosso trabalho como educadores.

Enfim, suponho que a troca adquirida nesta viagem, e que foi sentida por mim, está sendo sentida, será sentida com certeza durante um bom tempo. A troca de fato iniciou.

Texto por Rodrigo Rocha.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Semana Acadêmica Polo Presencial UAB Arroio dos Ratos


No dia 25 de junho de 2010, o Núcleo de Teatro da UFPel participou da Semana Acadêmica do Polo Presencial UAB de Arroio dos Ratos-RS. De baixo de muita chuva as professoras e pedagogas da cidade e região se divertiram com a peça "...e o gato não comeu!!!" e assistiram a palestra sobre educação do professor Adriano Moraes de Oliveira e a oficina de Contação de Histórias ministrada pelos integrantes do núcleo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

I Seminário de Educação à Distância de Paranaguá

O Núcleo de Teatro Universitário, projeto do Departamento de Arte e Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, se apresentou neste último sábado, 17, em Paranaguá, litoral do Paraná.
A apresentação fez parte do I Seminário de Educação à Distância de Paranaguá - Pólo da UFPel, que integra o sistema da Universidade Aberta do Brasil. Fizemos um intercâmbio com os alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia à Distância, que ministraram oficinas temáticas do eixo Estudos Colaborativos Orientados, enquanto nós desenvolvemos oficinas dentro de nossas áreas.
Apresentamos também o espetáculo “…e o gato não comeu!!!!!”, que faz parte do projeto "Escola Itinerante de espectadores", que o Núcleo vem desenvolvendo neste ano.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

OFICINAS


Click na imagem para ampliar!

Assuma suas vontades!

A jornada me transformou. Ter ido até o evento de estudos teatrais em Blumenau, na semana passada, chamou a minha atenção e admiração em alguns pontos. Primeiro era o ambiente instalado. Pessoas de vários lugares do Brasil foram lá mostrar os seus trabalhos, suas pesquisas dentro do campo teatral. As falas tinham peso, o olhar tinha convicção e o ambiente estava tomado por uma sensação, ou sentimento: “Eu faço teatro! Eu pesquiso teatro! Vivo, sobrevivo de teatro! E morrerei fazendo teatro!” As pessoas que se encontraram no evento, ou estavam terminando o doutorado, ou terminando o mestrado. Eu era um dos poucos (eu não achei outra pessoa lá, na verdade na mesma ‘casta’ universitária que eu) que está ainda na graduação na jornada toda. Isso de fato me deixou numa situação de desconforto, mas ao mesmo tempo feliz, por estar ali, e ter aprendido tanto em apenas dois dias.

O segundo ponto era o ambiente em si também! O terceiro ponto também, o quarto, o quinto, o milésimo ponto! Todos! As pessoas falavam de teatro, sobre seus estudos, seus trabalhos, peças que viram. Era teatro correndo nas veias, saindo da alma pelo corpo inteiro.

Sinceramente, o lugar me fez lembrar Grotowski, Stanislavski, Artaud, Zé Celso, Antunes Filho, Brecht, todos os mestres, todos os grandes atores, porque as pessoas que lá estavam tinham algo em comum com todas essas figuras (e outras não mencionadas): o amor ao teatro. A entrega total, o querer, a vontade de fazer e assumir essa condição de: EU FAÇO TEATRO!


Texto de Elias Pintanel

terça-feira, 13 de julho de 2010

III Jornada Latino-Americana de Estudos Teatrais


Nos dias 8 e 9 de Julho, aconteceu no Campus 1 da FURB (Universidade Regional de Blumenau) em Blumenau - SC, a III Jornada Latino-Americana de Estudos Teatrais, uma promoção da Programa de Pós-Graduação em Teatro UDESC e da FURB. No evento ocorreram palestras, conversações e apresentações de artigos.
E o Núcleo de Teatro estava lá. Elias de Oliveira Pintanel fez a comunicação do texto intitulado "O TRAINING NA FORMAÇÃO DO ATOR-PROFESSOR". Esse é o resumo da pesquisa apresentada no evento:

O TRAINING NA FORMAÇÃO DO ATOR-PROFESSOR

Elias de Oliveira Pintanel; Adriano Moraes de Oliveira(orientador); UFPel.

Resumo:

Neste artigo reflito sobre a preparação do ator-professor de teatro. Trabalho com a noção do treinamento físico para o ator buscando entender quais as implicações dessa prática na formação de atores-professores de teatro. Procuro mapear os aspectos do treinamento nos processos criativos, a partir das poéticas teatrais de Stanislavski e Grotowski. Exponho e analiso o meu processo e os resultados que obtive dentro dessa preparação como ator-professor. Uso como referências: peças teatrais, performances, intervenções, que realizei entre 2008 e 2010 no âmbito da pesquisa intitulada: “A reeducação do sensível: uma possibilidade na formação do ator-professor”, coordenada pelo professor Adriano Moraes, no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPel. Entro em contato com um ponto fundamental para a minha (auto)formação de ator-professor: a ação física orgânica como componente estruturante da criação atoral.